David Burnett é um fotojornalista americano que tem como experiência mais de 5 décadas de trabalho e estreou registrando Olimpíadas nos Jogos Olímpicos de Los Angeles em 1984.
Seu trabalho começou quando ele foi convidado a fazer parte da equipe de fotografia do museu do comitê Olímpico e ele poderia utilizar o equipamento que quisesse. Entre uma multidão de fotógrafos com câmeras e equipamentos digitais que custam milhares de dólares, David se destaca com suas câmeras analógicas fabricadas nos anos 50, como uma Holga e uma Graflex Speed Graphic 4×5. No caso da Holga, é uma câmera que possui o corpo e as lentes feitas de plástico e são necessários uma série de procedimentos manuais para ser utilizada.
Em 2012, David revelou ao “The New York Times” que em uma época de sobrecarga visual, ele não acha que suas fotografias serão como mais uma imagem olímpica que foi tirada para fins de cobertura jornalística, para ele é mais do que apenas um evento esportivo. É também uma questão de sorte estar pronto e no lugar certo quando algo acontecer.
David também revelou que a maioria das imagens se perdem e ocorrem muitos erros, porém seu trabalho é muito divertido. Seu objetivo é capturar imagens que os espectadores não percebem quando estão simplesmente sentados observando os jogos.
Na entrevista, o repórter questiona o por quê de continuar a registrar os jogos olímpicos desta forma e Burnett responde: “Estou apenas tentando fazer algo que faria as minhas fotos um pouco mais especiais para mim. […] A coisa mais difícil, não importa o equipamento, é forçar-se a ver as coisas de uma forma diferente.”
David é um dos fotógrafos mais respeitados do mundo e foi nomeado uma das “100 Pessoas Mais Importantes da Fotografia” pela revista American Photo. No momento ele está na Rio 2016 e é possível acompanhar seu trabalho em tempo real através de seu Twitter.
“O momento certo não precisa ser aquele em que o atleta ganha a medalha de ouro. Um atleta pode falhar miseravelmente, mas ter um grande coração”
David Burnett em entrevista ao “Los Angeles Times”, 2016.